segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

hoje é segunda, mas escrevi isso no sábado

Se meu celular tivesse sinal agora, eu mandaria mensagem dizendo o quanto foi ruim estar aqui sem ela, apesar de ser muito bom estar aqui.
Se meu celular tivesse sinal agora, eu diria que a amo de uma forma tão estranha que ainda acredito que ela venha, que ela chegue, se jogue com tudo no meu abraço aguardoso e me queira do jeito que aquele olhar me quer.
Se meu celular tivesse sinal agora, talvez ela não atendesse ou respondesse... Hoje é sábado e ela não está multiplicando corações. Hoje é sábado e ela deve estar do outro lado da ponte, do outro lado longe de mim, longe de tudo que vivemos e que ainda podemos viver, apesar de estar tão perto...

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

dor de cabeça para distrair a dor do coração...

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

é insaível essa situação.
só queria poder dizer algo, fazer algo, para que tudo ficasse bem entre nós.
para que você viesse e pudessemos viver aquela vida, sabe? aquela que sonhamos...
a clara!
mas eu não posso fazer nada...
sinto isso: insaívidade.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

e agora, Carolina?
e agora você...
se você você gritasse, se você gemesse...
se você dormisse...
se você corresse...
se você rezasse mais...
se você fosse mais paciente...

e agora, Carolina?

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

mais um daqueles dias que preciso desesperadamente do porto seguro que não é meu...
a luz do sol vai ter que ser suficiente.
com a luz do sol em forma liquída posso regenerar o que quiser... e até o querer...
essa é minha prece de hoje.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

ah, Eurípedes!

sinto que parte da minha encarnação falhou. eu falhei. ela falhou. clara não vem.
perdão.
será que tem mais alguma mulher de encarnação falhada que quer tentar outros rumos comigo? na bagagem trago uma bela escola e uma família com muitos corações vermelhos, amarelos e azuis.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

"poderoso é o sol da verdade"

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

pesadelo das 4:55

tive um pesadelo com você essa noite...
era o dia antes do seu aniversário e você me dizia que atravessaria a ponte e só voltaria a noite para jantarmos juntas.
lembro até agora da dor que senti.
disse que você era uma mentirosa porque nunca voltava... não voltaria.
não voltaria para mim.
você ficou em silêncio porque sabia que era verdade. sabia que sempre ficava lá e que não voltava para mim. nem em um dia, nem para sempre.
acordei morrendo de frio às 4:55. e quando acordamos de um sonho ruim geralmente sentimos alívio, porque o pesadelo fica no pesadelo.
só que para mim não funciona assim. quando acordei o pesadelo ficou mais forte, porque ele também faz parte da realidade...
às 4:55 relembrei, mais uma milésima vez, que era aniversário seu e que você iria para ela e não para mim. e que era feriado, fim de semana e outro feriado. e que então você iria para ela todos esses dias e não voltaria... não voltaria para mim nem para a Clara.

domingo, 11 de novembro de 2012

não dá mais.
eu não quero mais querer o que ainda quero.
porque o querer dela não quer o que eu o meu querer ainda quer.

não depende mais de mim, não depende mais de ninguém mais que não ela, não depende mais...
elá já disse que não pode.

não.








eu que não posso mais.


































não posso mais deixar subir, não posso mais querer. nao posso mais muita coisa!





























.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

quando o navegante não navega

ela continua preferindo atravessar a ponte para outro porto que não o meu. ela continua escolhendo ir para o outro lado e ainda diz que sou que estou indo embora. ela que se afasta e espera que eu fique esperando. até quando? meu porto está onde ele sempre esteve, mas agora está cansado de esperar pela navegante que não vem e que atravessa a ponte para um porto que não o meu. e eu preciso aceitar o fato que o caminho que ela escolhe é o da ponte e que há alguém que há de escolher o mar.

sábado, 27 de outubro de 2012

ela vai e vem e vai...
tem dias que se importa muito, diz que precisa me ver e dias que não se importa e some.
ela vai e vem e vai de novo... e de novo...
não precisa fazer sentido para ser realidade.







ou doer...

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

hoje assisti dois filmes de comédia romântica - ainda não entendi se fiz isso por masoquismo ou por vontade de voltar a sonhar mais e viver um pouco menos - e senti-me como vivendo um desses filmes.

aquele começo dos personagens principais que passam um pelo outro, ao acaso. um sorri, o outro vê, se encanta. o acaso os junta novamente e de repente tudo acontece rápido. faíscas, atrações, sorrisos, risos, aquela sensação de que tudo era para acontecer e milhares de situações mágicas. de repente algo acontece antes do final feliz. é o momento do clímax. os personagens principais têm a relação abalada. uma briga, algum conflito. parece que o filme vai acabar, mas sabemos que é uma comédia romântica e elas sempre têm finais felizes. me vi no filme quando eles brigaram, a mocinha se sentiu mal, estava brava, triste e mesmo assim esperou que ele viesse. o pai disse que tinha alguém esperando por ela e mesmo depois do conflito ela sorriu ligeiramente, sei que seu coração bateu forte e que ela realmente acreditou que fosse ele... mas não era... ele não tinha vindo... estou parada nessa cena, em que ela não veio. mas a menina do filme se deu bem depois porque quando ela não esperava que ele viesse ele a surpreendeu e apareceu e o final feliz chegou.

eu estou presa na cena climax de uma comédia romântica. já tem muito tempo. tanto que só hoje vi dois filmes que chegaram ao final feliz bem antes de mim. estou presa nesse meio termo. atolada na mesma sucessão de cenas esperando um final feliz. mas minha vida não é um filme de comédia romântica e eu preciso parar de assistir essas porcarias...
eu não entendo.
as ações dela não condizem com a verdade.
e por causa disso vamos viver uma mentira...
acho que ela não quer ser feliz...

respiro fundo e penso que preciso deixa-la ir, já que ela não quis vir apesar de tudo.
eu preciso. e converso comigo...

carolina só quer alguém que a queira o suficiente para estar com ela. calma, carolina, tem coisas que não são planejadas, mas que não estão no seu controle. você fez o que podia. você não pode mais, carolina... sinto muito... já é quarta-feira e ela não veio. passou um ano e ela não veio. carolina, sinto muito, mas acho que ela não vem... segura o choro e busca outros caminhos...

"poderoso é o sol da verdade"

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

ela diz que não pode e eu fico pensando que eu que não posso mais continuar assim.
continuar nessa espera desesperada. já não ouvi que "somente por causa do desesperado que a esperança nos foi concedida?"
preciso plantar flores para uma nova primavera porque a desse ano chegou sem flores nem borboletas.
a borboleta quer voar para outras primaveras. amanhã é terça e hoje ela não me disse sim.
disse-me que não pode.
enquanto isso eu passo dias querendo fazer de tudo para que ela venha, tentando entender a sua burrice.
não entendo.
não posso mais.
eu a amo tanto. eu a quero tanto.
apago as luzes do quarto e sonho com uma outra realidade em que ela não está, nem eu, nem ninguém que exista. sonho com um sonho esperando sonhar com qualquer coisa que não mais ela. dói demais sonhar com ela e acordar sem ela.
não posso mais.
ela me ama tanto, mas não vem. vive dizendo que me ama independente de não estar comigo e eu não entendo porque não está comigo já que sei que me ama tanto. eu sinto que em ama. eu sei que me ama. mas quando peço para vir diz que não pode.
não posso mais.
te amo sempre.

domingo, 21 de outubro de 2012

nem na terça nem em nenhum outro dia de nenhuma semana.

ontem foi sábado e eu senti falta dela naquela sala onde nossos corações são multiplicados por 3 e desejei que ela estivesse lá compartilhando os sonhos e as esperanças
hoje é domingo e eu sinto falta dela enquanto penso no meu futuro e desejo que ela estivesse comigo para que eu pudesse respirar aliviada de que o futuro seria tudo que quiséssemos.
anteontem foi sexta e eu senti falta dela enquanto me acabava de dor de cabeça e desejei o seu abraço reconfortante.
amanhã é segunda e eu sentirei falta dela enquanto estiver na aula que fazíamos juntas, ou passando pelo caminho que passávamos, ou olhando a cruz de tal que ela me deu, ou sorrindo para um pão qualquer, ou olhando para o nosso lugar, ou tantas e tantas coisas; e desejarei que ela me mande alguma mensagem, ou que me ligue, ou que venha ao meu encontro; e que me diga "sim"; e sonharei com os sorrisos e alegrias que virão depois do sim, juntamente com as saudades que virarão recheadas de presença e não mais de falta.
depois de amanhã é terça e eu espero não mais precisar sentir sua falta. nem na terça nem em nenhum outro dia de nenhuma semana.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

saudade que grita


e chora.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

será que ela chega?
a primavera, as flores, a borboleta?
tudo e toda?

domingo, 7 de outubro de 2012

a primavera nunca chegou.
preciso plantar flores.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

beijos brilhantes e olhares roubados.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Eu a achei. Assim que ela entrou eu a achei, com o canto do olho. Assim, rápido, como sempre a acho: achei-a linda.
Esperei que ela viesse. Assim como sempre espero que ela venha. Mas apesar dela não vir de vez, ela veio falar comigo.
Senti-me tão refém de tudo. Tudo ia sentindo, tudo ia subindo, as coisas batiam, tremiam e eu não controlava nada. Dentro de mim eu nem sabia o que acontecia. Do lado de fora eu nem via nada de tão achada que estava por dentro.
E eu ia sentindo aquele tanto de coisa, aquela tanta saudade que se mostrava de tantas formas.
Meus olhos brilhavam.
Tanto tanto que eu achava que qualquer um dali podia sentir. Achava que qualquer um dali podia ver meu desconcerto disfarçado que acontecia em mim todinha.
E eu com aquela vontade de fazer sei lá o que, de fazer tanta coisa. E quando ela chegou perto e olhou para mim, senti uma vontade incontrolável de tocar ela de qualquer jeito que fosse, de abraçar ela para sempre. Aquela vontade absurda que eu nem sabia como me tomava inteira. Vontade de sentir seu cheiro e olhar para ela sem parar. Sentir aquela pele e respirar mais pertinho dela.
Meu ar ficava estranho. Eu respirava estranho.
E eu chorei baixinho. Sem que ninguém percebesse.
Chorei ali do lado dela, sem saber mais se chorava de felicidade ou tristeza. Estava com tanta saudade! Acho que chorei porque meus olhos brilhavam tanto ao olhar para ela, que aquele brilho não cabia mais no olho e foi caindo de um lado e de outro.
Fingia que queria dizer qualquer coisa só para chegar mais perto. E quando ela olhava para trás, o cheiro do cabelo vinha. Um cheiro diferente, como se ela tentasse mudar, mas certas coisas nunca se perdem, certas coisas nunca se vão. E o cheiro dela estava lá. O cheiro que sempre foi dela. Eu que sempre fui dela. Eu continuava ali. Naquela tentativa desesperada de controlar a vontade de estar perto, de tocar qualquer toque que fosse, sorrir para ela e dizer-lhe que eu tenho estado muito feliz, que eu tenho estado tão bem, mas que não importa o quanto eu fique bem: sempre falta ela, como sempre faltou antes dela vir. Sempre faltou. Ainda falta. E não dá mais para ela faltar.
Eu tive vontade de dizer para ela tanta coisa que eu tive vontade de dizer por esses dias, durante tanto momentos. Quis dizer o que estava acontecendo. E eu sabia que tinha tanta coisa que você queria me dizer também. E a gente começa um diálogo que tenta atualizar uma a vida da outra. "Eu fui na terapia de novo", ela dizia. "Eu tive vontade de comer salada essa semana", dizia eu. Aquelas coisas mais e mais cotidianas que eu tive vontade de dizer para você, vontade de viver com você... vontade de ser cúmplice com você.
E eu me achava ali do lado dela. Mais feliz do que eu achava que estava antes. Eu me achava no olhar dela que não sabia o que dizer, que não sabia como ouvir enquanto olhava para mim. Eu ali tão achava do lado dela. Achada naquele tanto de coisa que eu estava perdida antes tinha se achado ali. E eu queria dizer que eu queria me achar perto dela, que estava na hora, que não adiantava fugir... está escrito nas estrelas....
Mas o problema disso tudo é que ela acha que se perde e eu acho que me acho. Só que eu também acho que às vezes se perder também é se achar... E ela só não descobriu isso ainda.


domingo, 9 de setembro de 2012

o mundo está regenerando.
é uma boa época para a regeneração, Carolina!

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

dor absurda.
absurda
queria gritar mas nao consigo parar de chorar.
ela nao me sente mais.
eu só sinto dor.

e agora, Carolina?
se voce tivesse sido paciente desde o inicio............................
acredito que uma das coisas mais bonitas da vida é acreditar.
por isso continuo acreditando. sempre.
um dos desafios é acreditar sem esperar.
por isso vou desenvolvendo a paciência e a fé.
e por isso continuo acreditando e só por isso que continuo sorrindo. sempre.

domingo, 2 de setembro de 2012

joão bobo = você bate e ele volta = carol barra


eu sou a luz do mundo

nunca fui eu nunca fui eu nunca fui eu...
repito como um mantra pensando em todas as vezes que nao fui escolhida.
pensando em todas as vezes que ela atravessou a ponte por outra mulher e, por mim, não atravessou nem o caminho até o meu centro academico, onde poderia me encontrar, ou até alguma de minhas salas, ou até a minha casa tão mais perto da dela, ou até as minhas aulas, ou até qualquer lugar que eu vá, os quais ela conhece todos por também fazer parte deles. por mim ela não atravessou nada. por mim ela nunca veio. e eu ainda tremo quando toca o interfone em horários inesperados, pensando que ela poderia chegar enfim... eu já esperei por tanto tempo. ainda sinto o coração tremer e quando o celular toca, por isso ele tem estado no silencioso. ainda olho em volta esperando vê-la.
mas as horas passam, os dias passam, um ano passou e ela ainda não veio. só vem nos sonhos, mas eu já aprendi há bastante tempo que os sonhos não são suficientes. e estou aprendendo também agora que ela não me quer o suficiente para estar comigo. ela não está comigo. mas está nas lembranças de todos os lugares que eu vou, de várias roupas que visto, da cama que durmo, da risada que dou, do cabelo que tenho, do carro que dirijo, dos cheiros que são meus, de tudo tudo que estou. ela é presença em sua ausência.
e eu continuo aqui, no mesmo lugar de sempre, com as mesmas coisas de sempre. com a mesma acreditação estúpida de sempre. estou aqui tentando fazer diferente. ser diferente. quebrar ciclos. quebrar o orgulho. quebrar a dor. quebrar o medo de nada ter existido senão em mim, senão na minha cegueira de que nunca fui eu.
e assim repito e continuo repetindo nunca-fui-eu-nunca-fui-eu-nunca-fui-eu.
e repetindo espero seguir em frente. seguir em frente para outro futuro que não mais aquele que acreditei e desejei por tanto tempo. seguir em frente respirando fundo. seguir em frente tentando estar a luz que eu sei que sou.
seguir em frente seguir em frente seguir em frente.
outro mantra.

não sei quem escreveu, mas eu bem queria que tivesse sido eu...

"- Saudades
- De mim?
- De tudo
- Eu também
- O que aconteceu com a gente?
- Não sei
- Será que seriamos um bom casal?
- Creio que sim
- E porque não fomos?
- As vezes encontramos a pessoa certa no momento errado
- Foi isso que aconteceu com a gente?
- Sinceramente, não sei
- Será que podíamos recomeçar?
- Agora?
- Sim
- É o momento certo?
- Na verdade todos os momentos foram certos
- E porque nós não demos certo? Eramos as pessoas erradas um pro outro?
- Não, pelo contrário. Você sempre foi a pessoa certa pra mim. Em todos os momentos, em todos os lugares. Em tudo. Mas eu era uma medroso. Mas notei que com você sou forte.
- Então me dá a mão.
- Te dou meu mundo se você pedir."
tenho sonhado toda noite que estamos juntas. felizes.
muito felizes.
muito juntas.
e todo dia acordo e não estamos juntas. nem felizes.
nada juntas.
nada felizes.
eu queria correr para os seus braços abertos a me esperar.
eu queria que ela corresse para os meus braços abertos a esperar por ela.
queria nao mais esperar.
queria que chegasse.
queria que voltasse.
queria que viesse de vez.
queria que ficasse.
queria ser querida.
queria ser escolhida.
queria tanta coisa que ainda quero.
até quando, Carolina?
até quando esse querer?
esse querer tão grande que cresce e desespera.
esse querer e esse acreditar infantil e bobo.
eu infantil e boba.
eu sempre acreditei.
eu acredito.
eu estou doendo.
eu estou saudades.
eu estou um futuro que não existe.
eu estou um passado que nao existe mais.
eu estou em qualquer lugar que não seja o presente.
eu estou triste.
eu estou decepcionada.
eu estou acreditada.
eu estou cinza.
eu estou aquilo que eu não queria.
está aquilo que eu não queria.
está aquilo que eu não quero:

não está.

domingo, 26 de agosto de 2012

e a agora, Carolina?

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

sonho com ela voltando. dizendo que sempre fui eu. vindo de vez. e eu chorando, mas dessa vez de felicidade.

saudades absurdas.
vondade absurda dela.
dor absurda de saudade.
dor absurda de cabeça.
amor absurdamente grande que só parece aumentar.
saudade desesperadora!

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Eu a quero de volta. Não. O que eu quero mesmo é ela de uma maneira que nunca tive antes.
Eu quero ela de vez. É a nossa vez.
Quero ela inteira. De corpo e alma.
A alma já esta aqui. Vem com o corpo porque um corpo nao vive sem alma e é a alma que comanda o corpo.
Venha porque eu te amo. Te amo inteira. Te amo por completo. Te amo de vez. Te amo. Sempre.
Venha porque eu sou só saudades. Venha porque eu nao paro de pensar em você. Venha porque segurar o choro o dia inteiro está dificil demais. Venha porque soltar o choro está doloroso demais. Venha porque está doendo muito sem você. Esta doendo em tudo.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

e ultimamente eu tenho sido só saudade e dor de cabeça.
tenho me sentido corajosa por ir para a rua todo dia e conseguir sorrir.
só que a dor de cabeça não deixa eu me enganar: eu queria era estar chorando.
e o choro se prende por tantas horas até o momento que eu chego em casa, que a cabeça sofre.
eu sofro.
eu sonho com ela. eu acordo sem ela. passo o dia sem ela. vou dormir sem ela. e sonho com ela de novo. e acordo sem ela de novo... e o ciclo continua. a saudade só aumenta. a dor de cabeça não me deixa.
poderia ter sido tão lindo...
meu querer é gigante. minha impotência também.

domingo, 19 de agosto de 2012

nunca fui eu.
não sou eu.
sempre foi ela.
mas não pode mais ser ela.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

dor que sufoca e desespera.
dor solitária.
dor que me perde.
dor que me molha.
dor que me traz enchaqueca.
dor na minha mente.
dormente.
dor que mente,

devia trocar o nome do blog: "para não chorar tanto"

e eu fico esperando que você entre por aquela porta ou qualquer porta que te traga até mim.
mas você não vem.
e você não veio.



e não virá.
eu nunca faria nada que me fizesse passar pelo que estou passando agora. não importa qual fosse a consequencia... eu não escolheria essa.
simplesmente porque isso é insuportável demais: ficar longe dela, pensar num futuro sem ela, viver um futuro sem ser aquele que eu tanto acreditei e desejei que viveríamos, não ve-la, não falar com ela, não beijá-la, não dormir com ela, não abraçá-la, não sentir o corpo dela no meu, não dizer mais que a amo, não ouvir mais que ela me ama, não sentir mais o seu amor, não dizer mais "sonha comigo" e ouvir "sempre", não sorrir pra ela, não ver ela sorrindo pra mim, não sentir mais o seu cheiro, não compartilhar mais a vida com ela, não sonhar mais com a vinda clara porque ela não mais virá, não esperar mais um torpedo de bom dia e outro de boa noite, não esperar mais ela, não esperar mais nada, não acreditar... não acreditar mais... não acreditar mais nisso tudo...
que pena que só é insuportável para mim... e que eu nada posso fazer para mudar isso.
sinto-me tão impotente que quero gritar bem alto, ou chorar bem baixinho, ou os dois.
quero o meu futuro de volta e o presente que me pertence... ou, pelo menos, que eu achava que me pertencia, mas que nunca foi meu, ou, pelo menos, não é mais...

grita-se

agora, Carolina, está na hora de parar de acreditar no que não deve.
agora, Carolina, está na hora de enfiar essa dor num lugar bem escuro para que ela não saia por um bom tempo.
agora, Carolina, está na hora de esquecer.
e deleta-se coisas como se pudesse deletar a dor.
segura-se o choro por horas e depois se aguenta a dor de cabeça.
preenche-se o tempo para que não se possa pensar nela.
pensa-se qualquer coisa que seja para que não se perceba que ela está em tudo.
fica-se em silêncio porque o falar não fez diferença.
olha-se para frente para não perceber que, no fim, tudo acabou da mesma maneira que sempre acabou antes.
agora, Carolina, acabou. Você passou sorrindo e não ficou. Você passou. Você só passou e acabou.
acabou de vez, acabou acabado, acabou.
repete-se para que se possa aceitar: acabou.
acabou. acabou.
acabou.
acabou-se o romance. acabou-se o texto.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

a luz do sol faz sorrir.
o líquido do sol faz respirar.
e quando a saudade sufoca, nada como um suco de luz.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

estou exausta de ser quem sou.
ou melhor: de estar aquilo que acho que sou.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

saudade de gargalhar pra você.
saudade de gargalhar.
saudade de você.
saudade de mim quando estou com você.
saudade de nós.
saudade que só aumenta. SAUDADE.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

te amo com toda serenidade da minha alma e toda urgência do meu corpo.
te amo com a saudade que bate fundo, muito fundo e só cresce e multiplica.
te amo com o coração que bate forte quando te vê e a falta de ar em pensar em ficar longe.
te amo com toda a felicidade que tenho de estar com você.
te amo com todo o medo que tenho de não conseguir ser suficiente e toda certeza de que você vai sorrir pra mim e dizer que eu sou linda e que me ama.
te amo com o desejo que me toma toda quando o teu corpo toca o meu.
te amo com todo o alívio que é estar ao seu lado.
te amo com toda a segurança que sinto no seu abraço.
te amo com todas as minhas grandes limitações que você ajuda ilimitar.
te amo com a certeza de que pão com mortadela é a melhor comida do mundo.
te amo com o coração agradecido pelos seus olhos terem encontrado o meu sorriso e o meu coração ter encontrado o seu.
te amo com a vontade de te ter pertinho de mim pra sentir seu cheiro.
te amo com os planos claros da clara e o golden retriever e a casa e as árvores e tudo, tudinho que vier.
te amo com a certeza de que quero caminhar ao seu lado.
te amo com a vontade de te abraçar por trás e tirar todos os seus medos e dizer no seu ouvido "amor, vai ficar tudo bem".
te amo com a vontade de te ter inteira, de viver um tantão de coisa só com você.
te amo inteira. te amo com tudo que há em mim. te amo agora. te amo ontem. te amo amanhã. te amo sempre. te amo com cada padacinho de tudo que sou e de tudo que tenho. te amo. te amo. simplismente: te amo.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

quando a billie holiday parou de tocar

meu peito ficou pequenininho
minha saudade ficou grandona

quinta-feira, 28 de junho de 2012

porque internamente eu sou o grito daquilo que se quer calar.

terça-feira, 26 de junho de 2012

porque hoje eu sou o silêncio daquilo que grita em mim.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

meu coração está gritando. meu celular está em silêncio. e eu? hoje eu só quero chorar até o fim dos tempos.
e eu continuo esperando que você venha e você continua não vindo.
até quando?
até quando vamos viver vidas juntamente separadas?

terça-feira, 19 de junho de 2012


um ovo quebrou dentro de mim.
a gema foi pro real e a clara foi pros sonhos.






fiquei vazia.
a pior dor é da ausência.
tua ausência. minha ausência. nossa ausência.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

saudade das tuas saudades.

terça-feira, 12 de junho de 2012

o dia se arrasta mudo, lento, angustiante...
menos de 12 horas para o dia 12 passar.
o cheiro de alecrim ajuda a manter a serenidade sacramentada.
será que aguento esse dia longo?
espero que o gosto de fluor me traga calmaria e as flores dos outros não riam de mim.

sábado, 2 de junho de 2012

te amo com toda a serenidade da minha alma e toda a urgência do meu corpo.

terça-feira, 29 de maio de 2012

sejamos juntas

te amo com a essência de mim mesma, que vai muito além daquilo que estou.
te amo com a certeza de um amor que é além.
e sendo além, o resto é aquém ao que sinto.
te amo com a pureza que eu consigo ser e a vontade de ser tudo com você.

domingo, 27 de maio de 2012

talvez se a gente continuar segurando as mãos a gente não caia nunca.
talvez se a gente apertar bem bem forte a gente consiga o tudo e logo.
com certeza não é difícil... é leve e pacífico.
a gente segura as mãos, aperta e, não mais talvez, mas certamente - daquelas certezas que se sente de cima a baixo, de dentro para fora, de corpo e alma de tudo tudo que é jeito - certamente será exato, lindo, feliz e tudo, mas tudinho mesmo que a gente acha que pode ser um problema daqueles, vai apenas ser ilusão.
se até o nosso nada é tão tudo, nosso tudo vai ser um universo só: o nosso.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

e o que mais dói é o meu presente não caminhar para o meu futuro.
o que mais dói é ter que me deparar com um monte de ilusões que eu mesma criei.
o que mais dói é o vazio que ficou.
o que mais dói é a secura das lágrimas que ora caem sem parar e ora somem deixando inércia.
o que mais dói é não viver tudo aquilo que eu achei que viveria naquela manhã.
o que mais dói é olhar para o papel de açucar e sentir que ele ri de mim.
o que mais dói é não ter você, não estar com você, não poder ter o teu abraço pra me confortar de toda essa dor.

o que não dói é saber que a prece alivia.

domingo, 13 de maio de 2012

eu só queria que tudo voltasse, ou melhor, que tudo recomeçasse.
mas não como está agora. quero que recomece como aquela manhã.
quero que recomece e se estenda pro resto de nossas vidas.
quem foi que disse que querer é poder mesmo?

sexta-feira, 4 de maio de 2012

"Quem disse que a gente precisa perder um ao outro pra se encontrar?"

quinta-feira, 3 de maio de 2012

"Apaixone-se mais vezes pela mesma pessoa"

a gente sempre vai ter aquele dia. mesmo que ele nunca apareça de verdade, sempre teremos aquele dia em que achamos que tudo ia começar. aquele dia que acordamos achando que era um dia novo. o começo do futuro. e por mais que ele estivesse meio torto por conta do pouco de medo do caminho e do tanto de tristeza do fim que possibilitara aquele começo, ele era repleto de alívio e esperança.
aquele dia que acordamos de mãos dadas, sonolentas. aquele dia que o papel de açúcar virou a lembrança mais linda do mundo. aquele papel de açúcar que ficou quando você foi embora. aquele papel de açúcar que substitui o tanto de coisa que não veio depois. aquele papel de açúcar que me possibilita imaginar o tanto que podia ter sido. eu sempre vou ter aquele dia... na verdade, aquela manhã, que foi o meu dia inteiro, que foi uma vida inteira que podia ter sido, mas que não foi. quem sabe outro dia esse dia volte... quem sabe... bendito café que me permitiu sentir um gostinho do que podia ter sido...

quarta-feira, 2 de maio de 2012

segunda-feira, 30 de abril de 2012

eu definitivamente não sou a Isadora, mas eu bem que queria seu final feliz...


Capítulo 37 - Toda a minha vida sorriu para mim naquele momento

Isadora

__O que você está fazendo aqui Isadora? – Mateus me atendeu.
Eu fiquei surpresa dele estar ali e senti mais raiva.
__Eu preciso falar com a Rafa...
__São duas da manhã, Isadora, vai para casa! – tentou fechar a porta, eu não deixei.
__Avisa ela que eu estou aqui ou eu mesma entro e aviso.
__Quem é você para chegar assim de madrugada e exigir alguma coisa?! – perguntou com raiva, fiquei com muita raiva também.
__Quem é você para decidir alguma coisa por ela?! – disse quase gritando.
__Sou seu futuro marido! – essa resposta doeu até o fundo de mim e algumas lágrimas começaram a descer pela minha face, mas eu não desisti.
__Eu sou a pessoa que esteve do lado dela sempre, e sempre vou estar! Você nunca vai poder fazer nada contra isso! – respirei fundo - Mateus, eu tenho que falar com a Rafa agora!
__Vai lá Isadora. Não sei se posso competir com a amizade de vocês. Tá na cara que ela já fez sua escolha, não fez, Rafa?
__Como assim, a Rafa fez sua escolha? – a vi chegando na sala - Vocês conversaram sobre isso? Rafa, você escolheu algo?
O medo tomou conta de mim durante o tempo que ela ficou calada. Mateus também estava tenso.
Fiquei olhando para ela esperando sua resposta. Parecia que toda minha vida se resumiria no que viria a seguir.
__ Eu.. eu preciso de você comigo, Isa.
Foi automático sorrir. Toda a minha vida sorriu para mim naquele momento. Ela retribuiu o sorriso. Parecia que estávamos num mundo só nosso. Parecia um sonho para mim.
A porta bateu. Era Mateus indo embora. Olhei para Rafa e vi que ela estava confusa. Começou a chorar e caiu sentada no sofá. Fui rapidamente ao seu encontro.
__Eu... não podia não ser você...  – disse chorando.
Eu a abracei forte.
__Por quê? Por que eu tenho que escolher? – continuou chorando.
Toda a felicidade que eu estava sentindo começava a ir embora pelo fato dela estar triste.
__Ele foi embora, Isa – disse parando de chorar.
Esse... esse era o meu momento. Eu tinha que falar...
__Rafa... eu... eu vou estar sempre ao seu lado. Sempre! – ela me olhou – Eu te amo... sempre amei.
Ficou um silêncio por um tempo. Eu precisava falar mais, estava nervosa pensando no que poderia dizê-la para ela entender de uma vez por todas o quanto ela era especial.
__Você é o meu mundo, a pessoa mais especial na minha vida... Eu sempre vou estar com você! Eu te amo... - repeti
Ficamos em silêncio. Eu estava nervosa como nunca estive antes.
__Eu também te amo, Rafa – sorriu – E você é a melhor amiga do mundo! – isso doeu, muito - Não podia não ser você!
Ela não tinha entendido! Algumas lágrimas começaram a cair.
Como? Como ela poderia não entender?
__Por que não pode ser vocês dois? – disse voltando a chorar.
Eu não podia fazê-la feliz sozinha. Ele não podia fazê-la feliz sozinho. Mesmo que eu seja mais importante na vida dela, era apenas sua melhor amiga. Ela precisava do seu noivo.
__Se eu tivesse escolhido ele, você teria saído da minha vida?
Pensei muito nessa pergunta.
__Eu não sei – respondi sincera.
Não devia ser fácil para ela toda essa situação entre o Mateus, eu e sua família.
__Me desculpa, Rafa.
__Pelo que?
__Por ter tornado tudo mais difícil com o Mateus.
Então eu realmente tomei a decisão da minha vida.
__Eu vou estar sempre ao seu lado. Você casando com ele ou não. Você não vai me perder nunca.
Ela me abraçou forte.
__Você é a pessoa mais especial da minha vida... – me disse
__É melhor você dormir... já está tarde.
__Dorme aqui – pediu chorosa.
__Claro.
Fiquei enrolando na sala até ela botar uma roupa e fui para o quarto.
Ela dormiu em poucos minutos e eu não dormi nenhum minuto.
Vi o sol nascer abraçada a ela.
Minha decisão estava mesmo tomada. Ficaria ao seu lado de qualquer forma, queria que ela fosse feliz.
Saí lentamente do seu abraço e deixei-a dormindo.
Antes de ir para o trabalho fiz uma parada na casa do Mateus. Assim que ele abriu a porta não dei tempo dele dizer nada.
__Não seja estúpido para deixar a Rafa sair da sua vida. Ela é a mulher mais linda e mais perfeita de todo mundo... e por mais que eu odeie essa idéia, você faz ela feliz. Então vamos parar com essa competição idiota. Nós dois sabemos que eu ganharia, mas nós dois queremos que ela ganhe. E para isso ela precisa de você também – ele ficou me olhando surpreso.
Doía muito dizer isso para ele. Mas eu precisava parar de pensar em mim e pensar na Rafa.
Saí de lá sem dar tempo dele falar nada.

Capítulo 39 – Meu amor decidiu por mim

Isadora

Na hora do almoço Mateus ligou. Disse que havia pensado no que eu disse e me contou que conversaria com a Rafa. Disse-me que gostaria que escrevêssemos um bilhete a ela, como uma trégua.
Percebi que ele de fato amava muito a Rafaela.
Escrevemos juntos o tal bilhete e ele me disse que conversaria com ela à noite, a levaria para jantar e depois entregaria o bilhete, explicando nossa conversa.
__Então a partir de agora teremos paz? – ele perguntou ao fim de todo combinado.
__É – doía muito dentro de mim.
__Então nos vemos qualquer dia desses, Isadora...
__Mateus, só mais uma coisa – disse antes que desligasse – Faz ela feliz... – disse num fio de voz, já querendo chorar...
__Eu vou...
Sentia tanta inveja dele, mas não podia mais deixar essa inveja virar raiva, pelo bem da Rafa.
Decidi que não mais voltaria a trabalhar, nem conseguia parar de chorar. Acalmei-me e fui para o carro.
Eu ainda estava tentando aceitar a decisão que meu amor me fez tomar, sim, porque não havia sido eu. Meu amor decidiu por mim. Decidiu que eu abriria mão de mim, por ela. O amor faz essas coisas com a gente, por isso que muitas pessoas têm medo de amar, elas não querem dizer não a elas mesmas e dizer sim para as outras pessoas. Eu estava dizendo sim ao casamento de Rafaela, sim ao Mateus, sim ao meu sofrimento em ver os dois, sim a estar sempre na presença dela e nunca poder tê-la... eu estava, finalmente, dizendo sim a sua felicidade e minha infelicidade. Eu estava dizendo não à minha vontade de tê-la, não aos meus ciúmes, não a minha felicidade... eu estava dizendo não, finalmente, ao meu desejo de fazê-la feliz, e dizendo não para esse desejo, que estava realmente fazendo-a feliz.
Mas não se enganem. Não sou tão boa assim. O amor que é. Isso tudo é culpa dele. Esse sentimento tão inexplicável, que causa essa estranha abnegação.
E foi exatamente isso – talvez com algumas palavras diferentes – que eu disse ao tio Edu naquela tarde. Contei tudo que aconteceu, chorei bastante, e disse tudo isso sobre o amor, para ele entender porque fiz o que fiz.
__Minha filha tem sorte de ter alguém que a ame tanto assim, Isa! – disse enxugando minhas lágrimas – Pena que é tapada demais para perceber – riu.
__Vai ver ela puxou a mãe – disse tia Lúcia – Como nunca reparei, Isa?
Assim que cheguei na casa deles tio Edu disse-me que havia contado tudo a ela no dia anterior, pois ela tinha estranhado muito o clima do almoço.
__Ainda estou tentando absorver toda essa informação, mas... – olhou-me com carinho – fico contente em saber que seu sentimento pela minha filha seja não nobre.
__Vai ficar tudo bem, Isa – disse tio Edu me abraçando.
Comecei a chorar como uma criança. Doía demais.
__Amar não é fácil... – disse aos prantos.
Tia Lúcia me abraçou também e eu fiquei ali aos prantos por um tempo, sendo confortada pela minha segunda família.
__Eu ainda acho que ela ama você, Isa – tio Edu não desistia – E sei que vai reparar isso um dia.
__Eu também acho isso possível – disse tia Lúcia – Você faz parte da nossa família de qualquer jeito, Isa!
__Mais que o Mateus – disse tio Edu que não perdia uma oportunidade de me botar na frente de Mateus.
Bom saber que podia contar com os dois.
Só voltei para casa depois de jantar porque tia Lúcia queria ter certeza de que eu comeria alguma coisa.
Já estava mais calma quando cheguei em casa, mas não queria pensar em mais nada.
Tomei um calmante e deitei.
Estava arrasada com tudo, mas pensei na reação que Rafa teria ao ler o bilhete que escrevemos, pensei que sorriria muito. Ficaria muito feliz, então tive uma pequena felicidade por ela, mas continuava com uma imensa infelicidade por mim.
Antes de dormir pensei que gostaria de passar uns dias na casa dos meus pais.

Final feliz:

Capítulo 61 – Vimos que seria para sempre

Isadora

Era ela... Rafaela... na minha porta.
__Posso.. posso entrar? Preciso conversar com você – ela estava chorando.
Meus olhos começaram a se encher de lágrimas, odiava vê-la assim. Meu coração batia tão forte. O que ela estava fazendo ali? Ela tocou sutilmente a minha face e eu continuava confusa e extremamente surpresa.
__Rafa, o que você está fazendo aqui?
__Eu não podia viver sem você – a primeira lágrima desceu - A vida não é o suficiente sem você, meu coração fica desesperado quando não estou perto de você – segunda lágrima desceu – Você é a pessoa mais importante da minha vida, seu sorriso é o que me faz esperar pelo amanhã – todas as lágrimas que ainda me restavam desceram – Me desculpe, me desculpe por não entender antes. Eu te amo – ela terminou e eu ainda não conseguia ter reação alguma.
Então aconteceu. Um beijo. Enquanto sua boca se aproximava da minha meu coração disparava mais e mais. Eu não conseguia acreditar no que estava acontecendo. Sentir seus lábios macios era tudo que eu mais queria na vida. Parecia um sonho, era perfeito. Um beijo perfeito. Foi delicado e tímido. Amoroso. O melhor beijo da minha vida.
Eu não conseguia entender minhas ações. Não sabia direito o que estava acontecendo. A ficha ainda não tinha caído. Senti a parede atrás de mim e os beijos da Rafa descendo pelo meu corpo.
__Eu te amo, Isadora.
Fui arrastada para dentro ainda em estado de choque. Só conseguia sentir Rafaela beijando meu corpo e meu coração saltando como se quisesse sair de mim. Deitamos na sala mesmo e uma pressa começou a surgir em nós, mas eu ainda não conseguia ter movimentos pensados. Agia por puro instinto beijando-a e sentindo aquela pele nua colada na minha. Ainda não conseguia acreditar. Deixei-me ser levada pelas sensações que seu toque me proporcionava e tive o melhor orgasmo da minha vida.
E então ela beijou meus lábios, olhou em meus olhos e disse:
__Isa, eu amo você.
Eu comecei a olhar para ela com todo amor que tinha em meu ser e comecei, então, a acreditar que tudo aquilo era real.
Inverti as posições e continuei olhando bem no fundo dos seus olhos. Aquele era o momento mais esperado de toda minha vida. Ela ficou em silêncio enquanto eu olhava o corpo dela nu e sorria pensando que a mulher mais perfeita do mundo me amava.
Nossas respirações já tinham se restabelecido e, de repente, toda pressa tinha ido embora, vimos que seria para sempre.
Toquei seu rosto com minhas mãos e beijei delicadamente seus lábios. Minhas mãos começaram a percorrer todo seu corpo com calma, eu queria sentir cada detalhe daquela pele, daquela mulher.
Meus lábios desceram até o seu pescoço e eu parei por alguns instantes olhando para seus seios antes de me perder neles. Era o melhor lugar para se perder.
Beijei-os e suguei-os com vontade enquanto ela gemia. Minhas mãos alcançaram seu centro de prazer e comecei a acaricia-lo enquanto descia meus lábios até lá. Beijei sua barriga e subi uma das mãos para acariciar seus seios.
__Eu esperei isso por tanto tempo... – disse antes dos meus lábios descerem ao seu sexo.
A chupei com o maior prazer da minha vida. Tudo que eu mais queria era sentir seu gosto. Chupava cada vez mais forte enquanto ela segurava meus cabelos. Então ela gozou na minha boca e eu senti o melhor gosto do mundo. O gosto da mulher que eu amo. O gosto do amor. O gosto do começo. O gosto da perfeição...
__E eu esperaria muito mais tempo se fosse preciso... – disse antes de beijá-la com amor.
Deitei ao seu lado e ficamos nos olhando e sorrindo.
__Eu... não podia imaginar... – eu disse boba.
__Como eu poderia não amar você?
Não pude deixar de rir.
__Depois de tanto tempo...
__Desculpa por ter te feito esperar tanto... por nunca ter reparado que eu te amava, que você me amava – parou para pensar e continuou – Acho que eu nunca entendi o quanto você me amava porque eu sempre senti por você tudo aquilo que você falava, mas como achava que  o que eu sentia por você era só amizade, acabei achando que tudo que você fazia era só por amizade também. Se eu tivesse reparado meus sentimentos antes...
__Não importa – a interrompi – A única coisa que importa é que você está na minha vida...
__Você é a pessoa mais incrível que eu conheço – disse-me.
Nada podia ser melhor que aquilo.
__Vem, vamos para o quarto, você deve estar tão cansada da viagem.
Sorrimos e assim que deitamos na cama ela me abraçou forte e se agarrou em mim como e costume. Dormiu rápido em seu travesseiro preferido, como sempre. Tudo estava como sempre foi, só que dessa vez ela beijou meus lábios antes de fechar os olhos. Dessa vez eu sentia seu corpo nu no meu. Dessa vez eu não tinha receio algum em estar ali. Dessa vez eu estava completamente em paz, como há muito não estava. Dessa vez eu relaxei. Dessa vez eu fechei os olhos e simplesmente dormi.


domingo, 29 de abril de 2012

Eu não sou perfeita e não consigo abnegar de muitas coisas ainda. Você é uma delas. Eu ainda acredito que possamos ser felizes juntas, crescer juntas, evoluir juntas...

Oração

Senhor, Senhor, eu não tenho querido entrar no Reino dos Céus, não é mesmo? Eu tenho querido somente as felicidades terrenas. Eu tenho querido a minha vontade muito mais que a tua. Ah, Senhor, escolher esse caminho é escolher dor... E eu não quero dor. Eu quero a tua paz. Eu quero te querer mais que qualquer outra coisa. Eu quero acreditar em ti mais do que acredito em tudo. E eu quero sim ser feliz na terra. Eu quero sim tudo que eu sempre quis. Mas eu só quero isso se o Senhor quiser isso para mim. Está na hora, não é mesmo? Está na hora de me jogar na rede e ter certeza que não vou cair. Felicidade é uma decisão. Eu errei tanto, Senhor, e me fiz acreditar que estava tudo bem. Manipulei tanta coisa e levantei teu nome quando não deveria ter feito. Fui tão egoísta que tenho vergonha de mim. Me perdoa, Senhor. Me perdoa, Carolina. Eu ouvi muita gente, Senhor, mas não ouvi o teu chamado. Entrego-me a ti. Não, Senhor, não estou pronta para abnegar de muita coisa ainda. E sei que tu não me pedes mais do que posso dar. Então, Senhor, olha bem dentro de mim, me prepara para o que vier, me ampara, que eu aceito a tua vontade, torcendo muito para que ela seja a mesma que a minha, mas tentarei ser compreensível se ela não for.

e para gritar?

e eu já fugi tanto do grito que eu nem sei mais como se grita.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

terça-feira, 10 de abril de 2012

a dor da tua ausência já está virando presença.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

medo e tranquilidade. mistura estranha.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

gritar

vontade de correr. vontade de testar até onde o carro corre. vontade de quebrar coisas. vontade de chorar até minha cabeça explodir. vontade de sumir do mundo. vontade de fazer com que os próximos quatro dias não existam. vontade de gritar, por isso escrevo.
vontade de me mesoclisar, mas se eu fizer isso, o que sobra de mim?
vontade de tirar isso de dentro de mim: esse grito e essas vontades feias.
hoje prefiro o silêncio porque não vale a pena verbalizar a raiva.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Carolina

Carolina tem uma força que esquece. Carolina é um espírito imortal destinado a ser feliz. Carolina às vezes lembra disso. Não se esqueça, Carolina! Você é um espírito imortal e a Felicidade não é deste mundo. Mas Carolina sabe que existem sim algumas felicidades ao nosso alcance e ela quer alcança-las apesar de ser baixinha. Olhe para as suas mãos, Carolina, é com elas que você move a corda para não se machucar! Confia, Carolina. Se joga na rede que a gente não deixa cair.

Carolina vai ser professora. Carolina vai fazer parte da mudança da mundo. Conseguiremos, Carolina, mas o problema é que você precisa mudar o seu mundo também. Olhe para dentro de você que os tempos são chegados, Carolina.

Carolina não gosta de tomar decisões apesar de gostar de estar no controle. Carolina é contraditória e tem dificuldade em entender que isso é positivo. A única coisa que você consegue controlar, Carolina, é a sua evolução. Olhe para dentro de você que os tempos chegados também passam.

Carolina precisa de fé. Carolina precisa entender que a vontade de Deus é a melhor. Nem sempre ela vai ser a mesma vontade da tua, Carolina, mas você precisa confiar! A fé está em você, Carolina, ache o seu grão. Se joga na rede que a gente não deixa cair.

Carolina acha que estraga tudo. Carolina acha que qualquer decisão que tome é ruim. Carolina acha que erra sempre, falha sempre. Mesmo que isso seja verdade, Carolina, sempre é tempo de acertar. Ame. Acredite. Queira.

terça-feira, 20 de março de 2012

estou com vontade de comer um pão com mortadela todo dia, naquele mesmo lugar, na esperança de que seus olhos encontrem de novo o meu sorriso, que estará esperando por ela, assim como eu. e então, quem sabe, ela finalmente além de encontrar meu sorriso encontre também toda a coragem necessária para me escolher de vez. e eu a quero tanto que fico até com vontade de manipular o destino e fazer do pão com mortadela todas as minhas refeições.

segunda-feira, 19 de março de 2012

SONETO DO AMOR ETERNO

Amar-te é pura e simplesmente!
A melhor coisa que já me aconteceu.
Pois passei a ver a vida diferente,
Nesta nova vida que voce me deu.

O que era tão triste, se fez contente.
O que era dor, nunca mais doeu.
A alegria em mim se fez presente,
Depois que voce me apareceu.

E deste amor eu vivo plenamente!
E hei de amar-te amor, eternamente.
Amor! que Deus me concebeu.

E desfrutar eu quero juntamente,
Com voce, não mais que de repente,
Tudo o que ele nos ofereceu..


Elcio José de Moraes

segue o caminheiro...

andávamos no parque e de repente dei-me conta do que iria acontecer: que estava na hora. andamos por caminhos que para mim não tinham destino algum. não sabia onde nenhum levava, mesmo com as placas indicando direções. "nem sei para onde quero ir nesse exato momento", pensava. só sabia que queria ir com ela, mas ela não sabia se queria ir comigo. e nós andamos por aqueles caminhos e eu percebi que ela teria que caminhar pelo caminho que achava melhor e eu aceitei que não poderia controlar isso. só rezo para que ela pegue um dos caminhos que a tragam de volta pra mim.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Carolina

Maldito romantismo que nos fixou a idéia que o ideal é bom. Viver que é bom! Malditos desenhos infantis que nos fizeram acreditar que sonhar é bom. Viver que é bom! Malditos eletrônicos que tentam nos mostrar que o virtual é bom. Viver que é bom! Maldita Carolina que acreditou nisso tudo. Não se contente com o que não existe, Carolina! Viver é melhor que sonhar! Podemos viver os sonhos, Carolina! Acredite na vida! Se joga na rede que a gente não deixa cair.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

repertório comeerj

Luto todo dia contra a ansiedade.
Luto todo dia contra a angústia de estar o que acho que sou.
Luto tanto que às vezes me canso. Muito.
E cansada paro de lutar.
E parando de lutar fujo.
E fugindo paro de sentir.
Paro de sentir e então acabo sentindo o pior.
Ansiosamente espero algo que não sei que é.
Espero por ter medo de tomar minha vida pelas mãos e entrega-la a Deus.
E esperando perco tempo.
E perdendo tempo perco mais vontade.
Mas a vontade volta. Volta e anda na corda bamba.
Ela quase cai às vezes, mas sempre tem alguém que me ajuda a ficar no caminho.
Bons caminhos.
Bons caminhos que sigo tentando abrir cada vez mais o coração, ou melhor, três corações.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Algumas pessoas escutam o barulho do mar nas conchas.
Eu escuto um olhar. Um olhar que encontrou o meu sorriso.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Exatamente você

Você vem com essa aparente metade, mas na verdade vem inteira.
Eu vou inteira, mas na verdade me deixo metade.
Completas nos exatificamos.
Se nos faltássemos não seria tão inteiro esse sentimento tão exato.
Nosso futuro pela metade pede para se inteirar por completo. Completando o destino inteiro.
Nós, não metades, mas inteiras. Inteiros que exatificam. Exatidão.
Sejamos inteiramete exatas e extamente inteiras.

domingo, 29 de janeiro de 2012

Nós também temos uma história. Mas a nossa é invisível aos olhos.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

quando o indizível é dito se começa a desbravar caminhos sem volta.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

a porta que não abre de vez

e eu que nunca soube fazer escolhas tenho não sido escolhida.
e eu que sempre fui dramática tenho vivido num romance.
e eu que nunca gostei de esperar tenho vindo esperando.
e eu que sempre me achei pequena tenho tido que me achar grande.
e eu que vivia numa caixinha tenho tido que viver fora dela.
e eu que sempre precisei tanto das palavras tenho optado pelo silêncio.
e eu que nunca soube entender o não-dito tenho tenho sido uma grande tradutora.
e eu que sempre acreditei tenho tido que continuar acreditando, apesar das dificuldades.

sábado, 21 de janeiro de 2012

Ah, mas que saudade do meu futuro...

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

vontade de invadir portas e destruir muralhas da china.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Breguice

Às vezes percebo borboletas na barriga quando penso nela.
Ouço borboletas prateadas nos ouvidos por um colocar dela.
Vejo borboletas refletidas nos meus olhos quando me olho nos olhos dela.
Aspiro borboletas quando respiro o mesmo ar que sai dela.
Percebo, ouço, vejo e aspiro, mas não sinto borboletas.
Sinto uma e apenas uma Borboleta colorir meu coração que tem sentido só para ela.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

um dia sempre temos que sair daquilo que não nos pertence para pertencermos aquilo que amamos.