domingo, 9 de janeiro de 2011

Que seja doce, Caio

A poesia prevalece em mim quando você prevalece na minha cabeça. Mas talvez poesia seja demais. Talvez o melhor termo seja docilidade. Então, que seja doce. Sábias palavras, Caio: que seja doce.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Nas noites

Você sabia que as noites são os momentos mais dificeis para mim? É nessa hora, de noite, que eu mais tenho vontade de te dizer um monte de coisas. Na maioria das vezes são coisas boas, ou só estranhas porque nas noites eu penso diferente do que de dia. Nas noites eu penso muito em você. Talvez porque esse seja o momento que eu mais sinto a sua falta. Nas noites que eu mais quero estar com você. Não me entenda mal. Quero estar com você de qualquer forma que seja. Só quero poder anoitecer ao seu lado e amanhacer nos seus braços. Só quero dormir um sono tranquilo sabendo que quando eu acordar não vou precisar pensar num bom motivo para levantar. Só é preciso olhar às vezes. Só é preciso olhar e talvez sentir, um talvez quase certo. Tão certo que já quase sinto agora que nem estou olhando ainda. Mas não é só esse sentir que estou quase sentindo. Eu estou sentindo agora, muito e não mais quase, muito muito, que amo você.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

imperfeições

Sei que eu sou uma pessoa complicada e problemática e acabo errando muito, mas em todos esses momentos o que eu mais queria fazer era acertar. E não estou tentando me diminiur, acredite. Eu só estou tentando dizer que todos temos nossas imperfeições e eu reconheço as minhas porque o que eu mais queria era ser perfeita para você. Queria ser tudo que você um dia sonhou. Eu sempre senti dentro de mim um amor muito grande. Um amor já pronto. Sempre senti que só tinha que achar outra pessoa para que eu pudesse depositar esse amor. Mas não é justo com ninguém eu jogar isso tudo em cima de você. O que eu quero dizer é que ele está aqui e pode ser seu. A questao é que o que sinto por você me dá muitas forças. Às vezes sinto que sou capaz de fazer absolutamente qualquer coisa por você. Esse sentimento me faz acreditar que sou capaz de tudo, mas isso nao é verdade. E na tentativa de ser perfeita me torno cada vez mais imperfeita. Quanto mais tento me aproximar daquilo que eu acho voce deseja que eu seja, mais eu me afasto daquilo que você realmente gostaria que eu fosse. Desculpa. Eu gosto de pedir desculpa por quando eu falo essa palavra algo muda dentro de mim. Algo me faz querer melhorar. Parece que pelo simples pronunciar des-cul-pa eu tenha a capacidade de consertar e fazer as coisas ficarem melhores, mas eu não tenho. Eu te amo. Muito. Muito. Eu sei que isso é pedir demais, mas tenta usar o amor que você tem por mim para me perdoar quando eu acidentalmente, porém inevitavelmente, fizer algo que você não gostaria que eu fizesse, enquanto eu busco incansavelmente fazer aquilo que você espera de mim; e usa o amor que você tem por mim, se não for pedir demais, para me mostrar o caminho que leva a você; e mesmo que seja longo, mesmo que seja qualquer coisa que seja, me leve até lá que eu caminho de qualquer jeito que precise ser caminhado. Eu quero você quase mais do que quero qualquer outra coisa e quero que sejamos mais. Eu e você. Mais. Melhor. O melhor que possamos ser. O maior que possamos ser. O mais dentro que possamos ter. Você e eu.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

eu tenho que te repetir: eu sempre vou estar aqui. nunca vou sair, contanto que você não me expulse, então, posso entrar mais?

domingo, 2 de janeiro de 2011

Confissões travesseirais

Esse é o momento mais ansioso do dia. Eu deito a cabeça em um travesseiro, coloco outro entre as pernas para que meus joelhos não se toquem e uso outro entre um braço e o primeiro travesseiro, como se o abraçasse. É o momento do dia que eu tenho certeza que estarei só comigo mesma. Tenho apreciado muito esse momento. Talvez essa seja a razão de eu estar tão ansiosa para dormir em casa todo dia. Nem pareço mais a menina que tinha medo do escuro e odiava dormir sozinha. Hoje prezo essa companhia de mim mesma. É um momento delicado que divido apenas com meus travesseiros. Talvez seja esse o motivo de eu ser tão apegada a eles, principalmente o que eu abraço. Será que vai chegar o dia em que não mais precisarei desse momento? O dia em que ao invés de um travesseiro eu abrace uma mulher? E fique com a cabeça relaxada em seus ombros ou, até melhor, ter a cabeça dela relaxada em meus ombros de modo que eu possa sentir o cheiro que vem do seu cabelo e a docilidade de todo seu corpo tão perto do meu? Será que eu sou tão apegada aos meus travesseiros porque preciso tanto de alguém que durma e acorde ao meu lado? E o que farei sem esse momento tão ansioso em que eu penso tanto? Acho que quando o momento de eu não precisar mais desse momento ansioso, de eu não precisar mais desse travesseiro quase abraçado, quando não precisar pensar tanto, vou conseguir finalmente respirar como qualquer ser humano e não ser tão ansiosa. Acho que sou tão ansiosa porque anseio esse momento-sem-travesseiro desde que me lembro de qualquer coisa que possa ser lembrada. E quando esse momento chegar talvez não escreva tantos textos estranhos como esse. Talvez eu descubra que tudo é muito menos complicado que eu penso. Pena que eu não sei esperar. Se eu soubesse não haveria travesseiro de meio abraço, não haveria apego, não haveria tantas complicações e preocupações, não haveria esse texto, não haveria espera. Eu não entendo isso: não haver espera. Sempre há uma espera. Minha vida é um conjunto de esperas. E uma das coisas que mais me angustia é esperar. Logo; minha vida é uma angustia? Não, eu a faço dessa forma porque paciência é uma virtude que não é minha, mas que eu hei de conquistar.