terça-feira, 30 de dezembro de 2014

tonight is the night, it's gonna be alright

tem dias que a saudade bate forte como se ele não estivesse mais aqui.
e ele praticamente não está mesmo.
não está mais nas nas manhãs de domingo em que dançávamos madalena.
não está mais cantando nos elevadores nem enquanto batia no tamtam.
não está mais no quarto ao lado roncando alto nem acordando cedo.
não está mais naquele apartamento que um dia foi nosso me ajudando a dormir quando eu tinha medo.
não está mais naquela piscina falando do quanto não gostava de se molhar.
não está mais rindo daquela maneira de abrir os dentes e levantar as sobrancelhas que só ele sabia fazer.
não está mais fazendo aquelas piadas sem graça que me faziam sorrir e meus amigos rirem.
não está mais dançando aquelas músicas animadas nas festas.
não está mais cozinhando aquelas comidas gostosas que eu adorava.
não está mais o meu pai.
e eu sinto saudade do meu pai.

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

será que o que o futuro guarda para mim é o que sempre temi ou o que eu sempre sonhei?

domingo, 9 de novembro de 2014

e essa primeira noite depois que você volta para sua casa é sempre a mais solitária porque eu sinto a sua presença no cheiro do seu travesseiro e da roupa que você dorme, nas memórias tão recentes de quando você estava aqui, na energia que você emana e que sempre fica quando você vai e no meu coração que está sempre transbordando de amor. só que mesmo com toda essa presença, sinto a ausência do seu abraço, dos seus beijos, do seu braço em volta do meu corpo e do seu corpo procurando o meu ao amanhecer.

sábado, 25 de outubro de 2014

Circo do GEAMA

Passei tanto tempo afundada em meus próprios problemas que esqueci que a melhor forma de emergir é ajudar os outros.

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

descobri por que tenho estado tão cansada apesar de estar dormindo bem. é que eu fico o dia inteiro, todos os dias, tentando não chorar. e não é que eu esteja triste e infeliz, porque não estou. é que eu estou com uma saudade que não tem como matar. a saudade de um presente alternativo em que eu ainda tenho um pai presente, que acompanhe feliz as coisas felizes que me acontecem, que cuide de mim, que faça piadas sem graça e cante nos elevadores; que me chame com um beijo estalado, que me ajude a fazer as coisas que ainda tenho dificuldade de fazer sozinha, que me sorria e me alegre quando o Eagles perde. meu pai que hoje está tão perdido que eu quase me perco junto. acho que preciso de um banho que esfrie, uma torrada não queimada o suficiente, ou qualquer coisa boba que me faça chorar horrores.

terça-feira, 22 de julho de 2014

nem tudo a gente se acostuma. não nos acostumamos com gemidos incessantes de dor, por mais que ouçamos eles 30 vezes seguidas, 50 vezes seguidas, 400 vezes seguidas. todas as milhares de vezes sentimos a mesma agonia, a mesma impotência, a mesma dor.

domingo, 6 de julho de 2014

se eu soubesse que seria você, que seria assim, que seria... até a espera teria sido feliz.

"você tem chaves para abrir portas em mim"

e então finalmente eu tenho a chave. e então finalmente eu consigo entrar. e é estranho porque eu achava que entrar seria algo magnífico e foi e geralmente as coisas não atendem nossas expectativas, mas atendeu, foi e está sendo. e o mais magnífico é que entrar é lindo e tão novo quanto conhecido. é melhor que todas as soleiras que eu não tenho falta.

domingo, 22 de junho de 2014

e quando me dei conta a tosse passou como se nunca tivesse estado lá.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

eu sinto tanta falta do meu pai e a dor é tanta que até tenho parado de sentir. acho que meu corpo não aguenta e precisa se proteger. se fechar. salvar alguma sanidade para não se perder de mim como ele se perdeu.

domingo, 18 de maio de 2014

a pior dor é a indolor.

domingo, 11 de maio de 2014

muitas pessoas acham que as suas mães são as melhores do mundo. eu mesma já disse isso para a minha um milhão de vezes. mas a verdade é que nós não temos realmente como avaliar todas as mães. eu não sei nem se a minha mãe é realmente a melhor mãe que eu já tive, porque não me lembro das minhas outras reencarnações. mas a verdade verdadeira. aquela que eu posso dizer com certeza absotuta é que a minha mãe é a melhor mãe que eu poderia ter nesse momento, que Deus foi muito bondoso em me permitir reencarnar com ela. não conheço uma pessoa que seja mais forte e que me ensine a ter tanta força de vontade e coragem de viver. não sei realmente se existe uma mãe melhor, mas eu não escolheria nenhuma outra que não a minha porque é ela a pessoa que mais me ama e que é mais maravilhosa no mundo comigo. me ensina o amor incondicional de mãe, me ensina a seguir em frente apesar das dificuldades, me ensina que podemos falhar às vezes e explodir, mas que sempre é tempo de acertar e renovar. ela é a principal razão por eu acordar todos os dias e ainda acreditar que as coisas podem melhorar, por não perder a fé, que às vezes anda tão capenga. ela me ensina a perdoar toda vez que me perdoa por tantas falhas minhas, me ensina que eu sou muito mais forte do que eu pensava que poderia ser e que posso ser feliz apesar de qualquer coisa, que podemos ser felizes apesar de qualquer coisa. Deus é realmente perfeito, porque escolheu a mãe perfeita para mim.

quinta-feira, 6 de março de 2014

COMEERJ Fé Ativa

Obrigada, Senhor, por esses quatro dias de luz, esperança, amor e fraternidade.
Obrigada, Senhor, por toda a coragem, fé, vontade e felicidade que esses quatro dias me fizeram reencontrar.
Obrigada, Senhor, por não me deixar só, mesmo quando os dias estão difícies e a fé vacilante. Obrigada por ter colocado em meu caminho tantas pessoas que me ajudam seguir, herdeiros das constelações, amigos, irmãos de caminhada, companheiros das estradas imortais! Senhor, nós estamos em todos caminhos bons!
Que possamos levar esses quatro dias para todos os outros dias do ano, construirmos a nova era e sermos felizes.

domingo, 23 de fevereiro de 2014

queria ter que trabalhar o dia inteiro, pelo menos por alguns dias, para poder ficar bem cansada fisicamente e, quem sabe, não perceber o tanto desse cansaço emocional. e talvez eu também não conseguisse fugir de sentir, fugir de gritar porque eu não posso mais viver de fuga, quero viver de vida, mesmo que seja uma vida não tão boa de se viver.
não consigo lembrar da última vez que fui Feliz. Feliz de Verdade. mas consigo saber quando será a próxima. daqui a 6 dias. contagem regressiva.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

ATA

hoje eu assinei a saudade.
a saudade de um tempo que se vai.
hoje assinei o fim de uma fase, que não pareceu ser uma fase e sim toda uma vida.
uma vida tão bonita que até teve casa para morar.
uma casa cheia de poesia, rabiscos e nomes de novela mexicana.
uma casa que uma vez foi pintada de cinza e reescrita de papéis coloridos colantes.
uma casa de cachorros voadores, super-poderes, alguns podres e lamentações.
uma casa que se recria no portugays de todo dia.
uma casa que se desenha caralhinhos voadores, fazendo referências que poucos reconhecem, entendem, mas que fazem parte daqueles que viveram e vivem por lá.
daqueles que um dia passaram com muitos cabelos, músicas, manias e histórias.
daqueles que se foram, mas que sempre ficaram.
e hoje eu faço parte desse grupo que se foi e sempre ficou porque aquela casa é tão deles quanto minha, quanto de todos que ainda nem chegaram lá ainda.
é uma casa acolhedora que come pizza às terças e fez muitas festas às quintas.
hoje eu já sinto falta das coroas, as tetéias e os clipes que fizeram de todos princesas tão lindas quanto a nossa musa.
hoje eu assinei a saudade dessa vida que me acompanhou por meia década.
hoje eu assinei a saudade do calé.

domingo, 5 de janeiro de 2014

sangro verde e choro vermelho.