quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

ATA

hoje eu assinei a saudade.
a saudade de um tempo que se vai.
hoje assinei o fim de uma fase, que não pareceu ser uma fase e sim toda uma vida.
uma vida tão bonita que até teve casa para morar.
uma casa cheia de poesia, rabiscos e nomes de novela mexicana.
uma casa que uma vez foi pintada de cinza e reescrita de papéis coloridos colantes.
uma casa de cachorros voadores, super-poderes, alguns podres e lamentações.
uma casa que se recria no portugays de todo dia.
uma casa que se desenha caralhinhos voadores, fazendo referências que poucos reconhecem, entendem, mas que fazem parte daqueles que viveram e vivem por lá.
daqueles que um dia passaram com muitos cabelos, músicas, manias e histórias.
daqueles que se foram, mas que sempre ficaram.
e hoje eu faço parte desse grupo que se foi e sempre ficou porque aquela casa é tão deles quanto minha, quanto de todos que ainda nem chegaram lá ainda.
é uma casa acolhedora que come pizza às terças e fez muitas festas às quintas.
hoje eu já sinto falta das coroas, as tetéias e os clipes que fizeram de todos princesas tão lindas quanto a nossa musa.
hoje eu assinei a saudade dessa vida que me acompanhou por meia década.
hoje eu assinei a saudade do calé.

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