quarta-feira, 3 de junho de 2009

Melhor do que a realidade

“I drift away to a place
Another kind of life
Take away the pain
I create my paradise”
(Alexz Johnson – Skin)

Seu sorriso foi esmorecendo, em segundos sumiu com se antes nem estivesse naquela face. Realidade, não queria acreditar. Há segundos estava perdida em seus pensamentos e, por conseguinte, achada na vida. Aquele era seu lugar, sua mente. Ela sempre fora uma menina pensativa, sonhadora. Adorava o mundo ao seu redor, mas adorava o seu próprio muito mais.Viajava por entre os livros que lia e, às vezes, os contos quais escrevia. Através de seus devaneios e confusões vinham suas histórias.

Como toda adolescente tinha seus problemas, mas não era uma adolescente como outra qualquer. Era madura em muitas coisas e criança em muitas outras.

Tinha muitas fases, solitárias e fechadas, e fases animadas e sociáveis. Seu mundo era seu refúgio, não conhecia a palavra “tédio”, ficava feliz com o simples “imaginar”. Música-imaginação-leitura-sonhos-escrita-criação. Esse era seu próprio mundo.

Muitos reclamavam falando que ela não vivia, mas não era verdade. Na Realidade tinha seus amigos e aproveitava suas companhias, mas precisava de um momento apenas seu, um momento para criar, um momento para sonhar com o que não chegava nunca, um momento para viver o que a vida não era capaz de lhe dar. Mas não entendiam, não sabiam que assim ela era feliz, dividindo a realidade com os sonhos. Gostava de viver como vivia, sonhar como sonhava, e escrever tudo o que via.

Seus sonhos faziam tanto parte de sua realidade quanto a própria realidade.

Escrevendo dessa maneira parece monótono para muitos. Parece que ela deixava de viver para sonhar. Mas na verdade, sonhar para ela era viver.

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