terça-feira, 20 de dezembro de 2011

nada. um dia ela vai entender o quanto esse nada é pleno de uma especificiade muito específica.
e talvez ela já entenda.
eu penso e talvez acabe expressando de alguma maneira apesar de achar que não mudo nada. um leve sorriso (lateral), talvez. ou quem sabe um brilho diferente no olhar, que ela vê mesmo quando está escuro. alguma coisa, que eu não sei o que faço, mas que ela percebe em mim.
e então ela pergunta "o que foi?" como se sentisse o que eu solto de todas as maneiras que posso, mesmo sem achar que faço.
e ela sente. sente saindo de cada poro. ou de cada gesto num milésimo de segundo.
é que tem transbordado, entende? sai de mim, atinge o ar, chega até ela, assim rápido, assim intenso, assim.
eu a sinto às vezes. ela me percebe. ela me olha. ela me decifra. ela me lê.
e eu não querendo palavrear aquilo que está claro, mas não exposto, digo simplesmente: nada.
ela sabe e pergunta "aquele nada repleto de coisas?". eu desconverso.
não. não é repleto de coisas. é uma coisa só. específica. boa.
você sente e eu também. bobice.

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